PGE publica primeiras aposentadorias de 2015

A PGE-RS publicou as Portarias nº 133 e 134 no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (3), onde constam os atos de aposentadoria dos Procuradores do Estado Flávio Caminha Hanke e Carmen Suzana Moscato de Oliveira. Ao deixar a Casa, depois de 27 e 20 anos de trabalho, respectivamente, os Procuradores do Estado se preparam para iniciar uma nova fase de suas vidas, e falam com carinho da Instituição, dos amigos que fizeram e do ambiente de harmonia, que marcou o período em que exerceram suas atividades.


"Procurador do Estado era também o auxiliar, o datilógrafo e o estagiário."

Foram quase seis anos de espera desde a realização do Concurso nº 609 para a Procuradoria-Geral do Estado, em 1982, até a nomeação ocorrida em fevereiro de 1988. "Fui nomeado nos últimos dias de validade do concurso", conta o Procurador do Estado Flávio Caminha Hanke.

A angústia da espera terminava, mas uma nova angústia iniciava-se: Dr. Flávio precisou deixar a esposa na Capital e, poucos meses depois de tomar posse em Alegrete, a sua filha nascia em abril daquele ano. Por três anos, tempo em que permaneceu na região da Fronteira, o Procurador se dividia entre o trabalho durante a semana e o deslocamento para visitar a família aos finais de semana.

Ainda assim, lembra com carinho o período em que Procurador do Estado, lotado no interior, era também o auxiliar, o datilógrafo, "e o estagiário", brinca. A PGE não tinha estrutura própria nas cidades do interior e era necessário compartilhar o espaço com outras repartições públicas. "Eu usava a estrutura da Exatoria. Da PGE, só tinha mesmo as folhas timbradas e outros materiais de expediente. Máquina de escrever, mesa, cadeira, tudo era deles (da Exatoria)", relembra.

A sonhada estrutura de apoio só veio depois de passar por Taquara e Cachoeirinha. Na Capital, integrou a Procuradoria de Pessoal, com muito mais estrutura e muito mais processos, também.

Dr. Hanke, desses 27 anos, lembra de uma demanda trabalhista contra um hospital em Cachoeirinha em que estavam sendo acionados o Estado e o Município. O Estado cedia o prédio e as instalações e o Município cuidava da contratação de funcionários. Na audiência, sentados à mesa com o Juiz, o Estado - por meio da PGE - dizia que os empregados eram responsabilidade do Município, que, por sua vez, alegava ser do Estado. "Depois de repetidas audiências com o mesmo Magistrado e sob as mesmas alegações, o Juiz - cansado dos discursos, sentenciou: ‘Bom, se ninguém quer esse hospital, então eu vou pegá-lo para mim'. Todos começaram a rir na audiência", recorda.

Ele garante que será impossível se afastar do convívio diário sem levar a saudade do ambiente harmonioso com que foi presenteado ao ingressar na PGE. "O ambiente de trabalho sempre foi muito bom, sempre houve um coleguismo muito grande. Os colegas sempre se dispuseram a ajudar e a oferecer subsídios para facilitar o trabalho. Apesar de, às vezes, faltarem os meios para a realização das atividades, o apoio dos colegas e Servidores compensava as dificuldades".

Currículo*
Nomeação: em 04/02/1988
Posse: em 11/02/1988
Exercício: em 11/02/1988
- Atuou junto às Procuradorias Regionais de Novo Hamburgo, de Canoas, na Procuradoria de Pessoal e na Procuradoria Fiscal, e extinta Procuradoria Regional de Taquara.
(*informações prestadas pela Seção de Pessoal)


"Saio com o sentimento de dever cumprido."

"Eu tenho uma família na PGE". A declaração é da Procuradora do Estado Carmen Suzana Moscato de Oliveira, que se prepara para a nova fase da sua vida, depois de mais de 20 anos na Instituição.

Ela recorda do seu período de ingresso na Procuradoria-Geral do Estado quando foi empossada em julho de 1997 e da sua atuação, na maior parte do tempo, na Procuradoria de Pessoal (PP). A parceria dos colegas Procuradores e Servidores se tornaram um referencial de amizade que, passadas duas décadas, evoluíram para um laço afetivo ainda mais forte. "São grandes amigos que vão fazer parte da minha vida para sempre", assegura.

Se para alguns a palavra "aposentadoria" pode passar uma sensação de nostalgia, certamente esse não é o sentimento despertado na Procuradora. Dra. Carmen diz que tem um sentimento de gratidão muito forte pela PGE, Instituição onde ela teve o privilégio de conviver com "um material humano muito especial. Pessoas que, além da capacidade intelectual, são seres humanos maravilhosos", refere-se aos colegas da PP. "Eu saio com o sentimento de dever cumprido e com a certeza de que fiz o trabalho que gostaria de ter feito na vida", complementa a Procuradora, reforçando que sempre sentiu prazer no trabalho que realizava.

Na Procuradoria de Pessoal, Dra. Carmen foi Coordenadora Adjunta, Dirigente da Equipe Estatutária e da Equipe de Ações Repetitivas. Em meio a tantos processos em que atuou nesses últimos 20 anos, ela garante que teve um caso que não conseguiu esquecer, tanto pela repercussão que gerou, "como pelo trabalho que me deu". Foi o caso de um policial que jogou uma moça da ponte do Rio Guaíba. A vítima acabou sendo salva e o autor da tentativa de homicídio foi afastado dos quadros da Polícia. Depois de um tempo afastado, o ex-servidor ingressou com uma ação querendo retornar à Corporação. "Essa ação estava aos cuidados de um colega, mas como ele estava em férias, eu tive que assumir. Nunca mais esqueci desse processo, porque me deu muito trabalho, mesmo".

Embora admita que sentirá falta da convivência diária, a Procuradora acredita que as amizades construídas são sólidas e que estarão sempre presentes em sua vida.

Currículo*
Nomeação: 29/06/1994
Posse: 13/07/1994
Exercício: 13/08/1994
- Atuou junto às Procuradorias Regionais de Santo Ângelo, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Procuradoria de Pessoal e Procuradoria do Interior.
- Foi designada para exercer a função de Coordenadora Substituta da 10ª PR Santa Cruz do Sul, Dirigente da Equipe Estatutária da Procuradoria de Pessoal, Coordenadora Adjunta da Procuradoria de Pessoal e Dirigente Substituta da Equipe de Ações Repetitivas da Procuradoria de Pessoal.
(*informações prestadas pela Seção de Pessoal)