Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Consciência ambiental em pauta: PGE-RS promove visita à Unidade de Triagem Vila Pinto

No Dia Mundial do Meio Ambiente a atenção no descarte de resíduos foi tema de encontro sobre sustentabilidade

Publicação:

Várias pessoas na foto em forma de semicírculo, em uma unidade de triagem de resíduos.
Unidade de Triagem Vila Pinto recicla mais de 70% dos resíduos coletados - Foto: Paulo Garcia/ Ascom PGE

Com um bate-papo sobre a importância da correta separação do lixo e o passo a passo do trabalho de triagem de resíduos, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RS) promoveu um encontro para a reflexão sobre o papel de cada procurador, servidor e estagiário na preservação da natureza. Em uma visita à Unidade de Triagem Vila Pinto e ao Centro de Educação Ambiental (CEA), nesta quinta-feira (05/06), os participantes da Procuradoria conheceram a história do CEA e todo o trabalho desenvolvido para fomentar a atividade do terceiro setor. 

A procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos e coordenadora do Comitê de Gestão Ambiental da PGE, Paula Ferreira Krieger, participou do encontro que agregou mais de 30 procuradores, servidores e estagiários. Com foco na educação ambiental, a visita fomentou a cultura da separação do lixo, do consumo consciente e da preservação. 

A procuradora-geral adjunta celebrou o encontro e a oportunidade dada aos participantes de aprender mais sobre sustentabilidade. “Essa oportunidade de estar na Unidade de Triagem e ver pessoalmente como a reciclagem funciona é fundamental para evoluir nossa consciência ambiental. Ao perceber que quase 30% dos resíduos não podem ser aproveitados por desatenção, temos a oportunidade de mudar nossa postura e separar o lixo com consciência”, disse. 

Localizada no bairro Bom Jesus, Zona Leste de Porto Alegre, a Unidade de Triagem Vila Pinto iniciou as atividades há quase 30 anos. Buscando dar direcionamento profissional a pessoas em situação de vulnerabilidade, principalmente mulheres, Marli Medeiros, fundadora da UT Vila Pinto, iniciou o sonho de aliar a sustentabilidade à geração de emprego e renda. 

Marli faleceu em 2018, mas deixou em seu neto, Henrique Medeiros, que recebeu a equipe da PGE-RS, e nos demais colaboradores do CEA, a vontade de promover a cultura sustentável para mudar a vida da comunidade e auxiliar na gestão dos resíduos. 

Iniciativas como as promovidas pela visita são importantes para auxiliar no trabalho dos coletores e recicladores. Atualmente, o principal desafio no CEA não é separar e destinar os mais de 30 tipos de resíduos recicláveis, mas sim ampliar a capacidade de aproveitamento do resíduo coletado. Detalhes podem comprometer o aproveitamento do resíduo reciclável, por isso é importante atenção. Henrique deixou algumas dicas que auxiliam no dia a dia em casa e no trabalho. 

Uma das principais orientações é sobre o descarte de vidros e garrafas quebrados. É essencial embalar os cacos de vidro em papel ou jornal e, se possível, indicar a presença de vidro na embalagem. Os recicladores e demais trabalhadores do terceiro setor podem se ferir com materiais cortantes durante a coleta e triagem. 

Não é necessário lavar embalagens como latas de refrigerante e copos de iogurte. Na indústria, esses materiais serão higienizados, sendo desnecessário o consumo de água neste processo antes do descarte. Retirar bem os restos de alimentos das embalagens é o suficiente para garantir o aproveitamento nas Unidades de Triagem. 

Nas embalagens de delivery, é importante não misturar restos do lanche e guardanapos usados com as embalagens. O contato com molhos e gordura pode impossibilitar a reciclagem da embalagem. No mesmo sentido está o cuidado ao dispensar resíduos orgânicos por engano. A presença de lixo não reciclável também pode contaminar o material e impossibilitar o reaproveitamento. 

Mas a principal dica é o cuidado com a separação do lixo. No CEA, mais de 70% dos resíduos coletados são reaproveitados, mas infelizmente esta não é uma realidade no país. Segundo estudo da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA), apenas 4% dos resíduos no país são reciclados. Henrique completa com a informação que gera mais preocupação: todo esse lixo descartado de forma irregular vai parar em aterros sanitários, aumentando a produção de lixo, ou pior, nos rios e oceanos, poluindo a natureza e causando desequilíbrio no ecossistema. 

Mais notícias

Procuradoria-Geral do Estado do RS