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“Na PGE, compreendi a efetiva missão do servidor público”, afirma Dr. Nei Gatiboni

Publicação:

30 03   Aposentadoria Dr  Nei
Despedida do Dr. Nei

O Procurador do Estado Nei Gatiboni, recentemente aposentado, dedicou-se por mais de 20 anos à área trabalhista, e considera “ter contribuído para aprimorar a defesa da administração”. No último dia 15 de março, o Diário Oficial do Estado publicou sua aposentadoria.

Abaixo, a entrevista concedida pelo Dr. Nei ao PGE-RS NOTÍCIAS, rememorando vitórias expressivas e a realização na carreira.

 

Como avalia a sua trajetória na PGE?

Atuei como Procurador do Estado por 26 anos, tendo ingressado em 1991, laborando inicialmente nas regionais de Lajeado e Gravataí e, a partir de 1994, em Porto Alegre. Nesse período, penso ter cumprido satisfatoriamente a minha missão. Na PGE, tive a oportunidade de dedicar-me prioritariamente à área trabalhista, que é a minha especialidade. E, nesse campo, considero ter contribuído para aprimorar a defesa da administração pública estadual perante a Justiça do Trabalho.

 

Quais são suas recordações mais marcantes como Procurador do Estado?

Como Procurador do Estado, as recordações mais marcantes estão relacionadas ao patrocínio de alguns processos judiciais trabalhistas de elevado valor e complexidade, onde pude exercer com plenitude as habilidades de advogado público. Além disso, tive a oportunidade de exercer a função de Dirigente da Equipe Trabalhista nos vários governos que se sucederam desde 1994. Atuei como Coordenador da Procuradoria de Pessoal nos períodos de 1996/1997 e 2008/2010. Exerci também a Coordenação da antiga Procuradoria de Execuções e Precatórios no período de 2005/2006. Mas, é especialmente relevante para mim ter trabalhado para a criação e a instalação da Procuradoria Trabalhista em 2010.

 

Quais foram os maiores desafios que enfrentou ao longo da carreira?

Penso que os meus maiores desafios profissionais foram relacionados com minhas atuações em processos da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE. Em 1994, fui designado para exercer a função de Coordenador dos Serviços Jurídicos da CEEE. Depois, atuei com sucesso em ações rescisórias que representaram economia de elevadíssimos valores para a Companhia. De 1996 a 1998, participei dos trabalhos relativos às negociações coletivas e alterações trabalhistas relativas ao projeto de divisão e privatização de partes da estatal.

 

Como descreveria sua relação com os colegas?

A PGE me oportunizou, nesses últimos 26 anos, conhecer e trabalhar com excelentes Procuradores. Esses colegas, mesmo aqueles dos quais em alguns momentos divergi, contribuíram efetivamente para minha realização profissional. Além disso, com muitos estabeleci relações de camaradagem e amizade fraterna que perdurarão para o futuro.

 

Do que mais sentirá falta a partir de agora?

O meu afastamento da PGE me deixará saudoso do convívio diário com os colegas e funcionários, das reuniões de equipe e dos seus debates sobre matérias jurídicas e administrativas.

 

Quais são seus planos para o futuro?

Pretendo manter-me atualizado acerca do direito do trabalho e do processo do trabalho, acompanhando a evolução legislativa e jurisprudencial, bem como das inovações tecnológicas relativas ao processo judicial eletrônico.

 

Como descreveria o homem que ingressou na PGE e o que deixa a PGE agora?

Ao iniciar a carreira na PGE, eu já trazia alguma experiência de serviço público, pois tinha atuado por cerca de sete anos como Oficial do Exército e mais cinco anos como Auditor Fiscal do Ministério do Trabalho. No entanto, foi na PGE que pude ter uma compreensão mais apurada da efetiva missão do servidor público, bem como do funcionamento da administração pública.

 

Daria algum conselho para quem está iniciando a carreira de Procurador do Estado?

Aos que escolhem a carreira de Procurador do Estado, aconselharia realizar uma séria reflexão sobre as missões da advocacia pública estabelecidas constitucionalmente e adotar comportamento e postura profissional correspondente, deixando de lado preferências ideológicas e pretensões corporativas conflitantes com a natureza e a essência dessa nobre profissão.

 

Procuradoria-Geral do Estado do RS